ECO DA CAMPANHA SOBRE O TERRAMOTO NA SÍRIA

Reiterando o nosso agradecimento a todas as pessoas que colaboraram na campanha de ajuda às vítimas no terramoto em Alepo (Síria), partilhamos algumas informações recebidas recentemente da SED (ONG espanhola parceira da Fundação Champagnat) sobre o apoio prestado à população com estas ajudas. Recordamos que recolhemos 13.916 € nesta campanha.
Na casa marista já não estão pessoas afetadas pelo terramoto. Com o passar das semanas após o terramoto, essas pessoas foram saindo por diversas razões. No melhor dos casos, alguns puderam voltar para suas casas, que tiveram apenas que ser reparadas e/ou adquirir bens domésticos básicos que tinham sido destruídos pelo terremoto. As famílias que perderam as suas casas, em alguns casos, entraram no programa de arrendamento que está a ser levado a cabo e estão a viver numa casa arrendada que é paga com parte da ajuda recebida. Outras foram alojadas em casa de familiares e, nalguns casos esporádicos, foram transferidas para outros pontos de acolhimento junto de outras associações ou entidades sociais e religiosas que prestam este serviço.
Como se estão a aplicar as ajudas recebidas?
Os projetos que estão a cobrir as necessidades das pessoas afetadas pelo terramoto, em alguns casos, já estavam em curso desde o tempo da guerra, mas tiveram de ser mantidos ou intensificados porque o terramoto só veio agravar a situação da população. Alguns dos projetos que estão a ser desenvolvidos têm um carácter mais assistencialista, como a distribuição de alimentos mensais a famílias com poucos recursos, ou a distribuição de refeições quentes diárias a pessoas com mais de 80 anos ou doentes que vivem sozinhas porque as suas famílias não podem cuidar delas ou tiveram de partir. Além disso, apoiam o já referido programa de gestão de rendas, o programa de reparação de habitações e a aquisição de mobiliário e bens domésticos para as habitações afetadas. Mas também estão a desenvolver programas de formação, capacitação e empoderamento online para jovens, adultos e mulheres. O objetivo destes programas é permitir que as pessoas que perderam as suas empresas ou as empresas em que trabalhavam desapareceram, ou as que estavam desempregadas, iniciem um processo de formação e capacitação profissional. No âmbito deste processo, têm a possibilidade de apresentar um projeto de microempresa para se candidatarem a uma ajuda e poderem iniciar a sua atividade. Estes projetos são analisados e aprovados por um comité de peritos que estuda a sua viabilidade e, se forem aprovados, são-lhes concedidos pequenos créditos para arrancarem. Durante este processo, são acompanhados por um tutor que os ajuda e aconselha. No caso específico das mulheres, muitas encontram uma oportunidade através da formação na área têxtil de corte e costura, recebendo as competências necessárias para poderem trabalhar neste sector ou, pelo menos, para poderem fazer roupa para a sua família e poupar dinheiro na compra de roupa. Também gerem programas educativos para crianças com menos de 5 anos de idade que não podem pagar um infantário e precisam de adquirir competências básicas em todas as áreas, incluindo competências socio-emocionais, para poderem aceder à educação mais tarde com a melhor base possível. A maioria dos projetos tem um programa transversal chamado Sementes, que presta apoio psicossocial a crianças e adultos, onde se trabalha desde a gestão e reconhecimento das emoções até ao acompanhamento individual para poder gerir as necessidades de apoio psicológico das pessoas a quem se destinam. A ajuda recebida através da conta SED está a ser enviada aos Maristas Azuis, à medida que acordamos com eles quais os projetos a que devem ser afetados. O Ir. Georges Sabe e o Dr. Nabil Antaki estão encarregados de comunicar com a SED que faz a gestão do envio dos fundos. Depois eles enviam relatórios quando tiverem investido esses montantes para que possamos informar os colaboradores.