ÓRGÃOS SOCIAIS – HOMENAGEM AOS VOLUNTÁRIOS (QUASE) INVISÍVEIS

Assembleia Geral da CNIS 26-03-22

Por imperativo legal, esta época do ano é pródiga em assembleias gerais das diferentes associações. Foi neste quadro que no passado dia 26 de março participei na Assembleia Geral da CNIS, Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade, como delegado da Fundação Champagnat e do Lar Marista de Ermesinde. Cumpridas as exigências legais (apresentação e aprovação do relatório de atividades e contas), a maior parte do tempo de reunião acaba por ser dedicado aos problemas reais com que as diversas associações se deparam no seu dia a dia: comparticipações em atraso por parte do estado, igualdade (ou a falta dela) no tratamento fiscal, implicações do custo do aumento do salário mínimo, imprevisibilidade das inspeções técnicas, falta de uma visão global na abordagem da problemática social, exigências incomportáveis que inviabilizam respostas necessárias e urgentes, falta de resposta do estado a pedidos de esclarecimento, o impacto da pandemia a diversos níveis… Atrás de toda esta problemática e de cada uma das instituições presentes estão pessoas que vêm dos quatro cantos do país: Lagos, Guimarães, Oeiras, Leiria, Sacavém, Alverca, Tortosendo, Lixa, Mirando do Corvo, Mourisca da Vouga, etc. São os representantes dos órgãos sociais das diversas associações, um exército de pessoas, na sua grande maioria em regime de voluntariado, que se entregam com paixão a uma causa: servir o próximo, devolver a dignidade. São quase invisíveis, uma boa parte são desconhecidos da maioria. A todos eles, a minha profunda homenagem.
António Leal